vale a pena...
Nos finais de 2002, quando saí do hospital e comecei a rever os amigos, a ter o meu antigo espaço, a ter contacto com coisas de que eu gostava, a pensar em coisas que tinha feito, a saber de determinadas coisas que se tinham passado, enquanto tinha estado ausente isso deixou-me ainda mais perturbado.
Tinha inúmeros problemas, mas não obtinha nenhuma resposta concreta, adaptada a pessoas com as minhas limitações, sobre a lógica de determinados comportamentos que tinha, aquilo que iríamos ter que enfrentar e o porquê de fazer as coisas de determinada maneira.
Obrigado.
há "pensamentos" que tem que ser organizados...
Decidi por alguns online, de forma a demonstrar que estou a trabalhar e a progredir na organização do meu português.
Em 2003, 2004, ... quando tinha uma conversa, com um pouco mais de importância, sobre um tema em especifico, costumava preparar um texto antes, para dominar melhor aquilo que tinha que dizer, ter uma maior fluidez, continuidade e claro expor os pontos mais importantes de modo a não ficar “mudo” e não dizer nada de relevante.
Neste momento, já tenho “matéria” suficiente, para falar, mas por vezes ainda recorro a estes textos.
Um exemplo disso, é o texto “vale a pena…”.
Esse texto foi criado quando me disseram que iria ter uma entrevista no site do CRPG (Centro de Reabilitação Profissional de Gaia).
E então, eu para ter matéria e não baralhar e "distorcer" o que iria dizer, como muitas vezes me aconteceu, criei um texto. Gostaram tanto do meu texto, que até disseram que iria ser posto online no site! Sofreu algumas alterações, mas ouve muitos pontos que se mantiveram.
Mas isto, não foi só no passado, actualmente ando a escrever mais...
Já que falei no passado, vou recuar até Setembro de 2002, que foi a altura em que saí do estado de coma e começei a escrever por necessidade!
Como tinha graves problemas, ainda não falava, estava com o lado direito do corpo completamente paralisado e ainda não me conseguia levantar.
Já que era ambidestro (conseguia tanto escrever com a mão direita, como com a esquerda), deram–me uma caneta e um papel para a mão e começei a escrever frases muito pequenas. Com estas pequenas frases comunicava com familiares, amigos e assim deu para verificarem que estava luçido a nivel mental...
Mas isso, já foi superado, vamos agora voltar ao tempo actual.
Muitos acham que aqui exponho muito a minha vida desnecessáriamente...
Apenas exponho, pontos que tem relativa importância na minha recuperação e assim construo e defino a minha opinião e como hei-de reagir, perante a vida.
Aqui, sei que posso errar e logo a seguir emendar o que escrevi de errado, que nada de significante aconteçe!
Mas não é assim num dialogo com uma pessoa amiga. Já tive pessoas queridas, que por coisas que disse descontextualizadas e desapropriadas, ficaram magoadas comigo.
E se aqui, posso treinar para essa melhoria, porque não!
Agora já percebem porquê que gasto muito do meu tempo aqui.
Com estes meus estudos, estou muito mais rico em termos de vocabulário e consigo transmitir determinadas ideias, por escrito, melhor do que oralmente. Minha expressão oral vai ter maior qualidade, devido ás más experiencias e aos consecutivos erros que ainda estou a dar, mas o que interressa é que aperçebo-me, tento-me corrigir e vou melhorar...
Actualmente, já estou a escrever com uma qualidade melhor, mas para isso tive que ler muito, escrever muito, dedicar-me muito...
Agora, já agradeço muito a educação que tive.
Já que falo em educação, vou falar açerca dos meus planos futuros..
Sei que ainda posso "ampliar" muito mais a minha massa cinzenta!! Estou a pensar futuramente, tirar um curso superior, que seja dentro duma área que goste e que tenha aplicação prática... Uma engenharia...
inc.
ainda existem preconceitos na sociedade com a deficiencia...
Mas a verdade, é que me chamam…
E eu agora já, aceito isso com toda a naturalidade!
De maneira a explicar, o porquê desse nome para comigo, e o porquê de já o aceitar, vou passar a apresentar algumas das razoes:
- segundo o código da estrada sou visto, como um deficiente;
- já encontrei vários papéis, em que chamaram a pessoas com o meu tipo de problemas e a mim de deficientes;
- em certos momentos há pessoas na sociedade que me tratam por deficiente. Para perceberem mais facilmente vou passar a explicar uma ocasião de que estou muito bem recordado e que foi uma de entre muitas que me aconteceram:
Há uns meses atrás, ia eu de comboio, quando a meio do trajecto, liga-me um colega a dizer que tinha um problema e queria que o fosse ajudar. Com a finalidade de o ajudar, resolvi sair no próximo apeadeiro. Nesse apeadeiro, encontrei um senhor de meia-idade, e perguntei-lhe quando seria o próximo comboio.
Com a finalidade de ele me ajudar, contei-lhe o que se tinha passado com o meu colega e o porque de eu estar assim. Passado mais uns minutos, chegou o comboio, entrei com o senhor e fiquei sentado ao lado dele a conversar. Chegou o revisor, para picar os bilhetes e o senhor, no primeiro instante, calmamente disse-lhe que eu era deficiente, que tinha um problema e que tinha que voltar para trás. A sorte do homem foi que eu já estou consciencializado, há muito, de que na sociedade, me podem tratar por deficiente, senão podia haver graves "pancadas".
-Tenho amigos, familiares, que não aceitam o facto de eu ser chamado deficiente;
Tenho amigos que tiveram um problema semelhante ao meu, que não aceitam o facto de serem chamados por deficientes e outros que aceitam perfeitamente. Eu também nos primeiros anos deste problema, não me considerava deficiente e detestava que me chamassem esse nome ou que me associassem a esse grupo. Mas esse é um forte erro que tive e que muitas das pessoas têm e que tem uma simples resolução. O senso comum, associa a palavra deficiente a um indivíduo inútil com problemas graves tanto a nível físico, como psicológico.
Estou a dizer isto porque ao fim de umas dezenas de conversas todas as pessoas deram isso a transparecer.
Uma defciencia é uma anomalia,é uma falta de algo…
Só para terem uma noção, a média aponta, para uma pessoa em cada dez pessoas é deficiente.
Temos que nos naturalizar com o termo deficiente e também desmistificar a noção errada que temos. Falo em desmistificar e naturalizar porque houve temas e certas palavras que há umas dezenas de anos atrás eram quase proibidas e hoje em dia já não o são.
Ex: Sexo, homossexualidade, Corrupção, …
E isto tudo, para dizer que a palavra, deficiência tem que assumir um papel de idêntico caminho.
De modo a consolidar, mais esta ideia deixo aqui uma frase de Fernando Pessoa que remete a este tema:
“O perfeito é desumano porque o humano é imperfeito”
E eu não tou aqui a escrever isto, só por mera escrita, mas sim porque pessoas como eu ou como os meus colegas, gostaríamos que a sociedade agisse de uma forma mais correcta connosco.
Um dos problemas actuais que existe é a nível, da colocação de pessoas com este nome num posto de trabalho, como os meus colegas já demonstraram e eu já visualizei.Podem-me chamar deficiente, mas isso não me afecta rigorosamente nada.
E até fico com um sorriso nos lábios!Eu sei perfeitamente, daquilo que sou capaz...
E o porque desse nome para comigo. Se eu tenho motivos para isso...
E agora já concorda comigo?
Proponho-vos: Antes de se deitarem, pensem nesta resposta e na mensagem que retiraram daqui...
"primeiro estranha-se, depois entranha-se"
existem culturas que nos tornam mais optimistas...
Ele mora relativamente perto de mim e nós combinamos e ele diáriamente transporta-me.
Falando de uma forma reduzida dele, é uma pessoa que está muito á vontade com qualquer pessoa e conversa abertamente sobre qualquer assunto.
Uma coisa que era muito habitual em mim, era de eu ao fim de 5 minutos a conversarmos sobre um tema em que estava algo incerto, debrosava a cabeça, agitava-a de forma negativa e dizia:
-isto tá mau, Castilho..
desde a primeira vez que me aconteceu isto, ele levantou-me o astral e fez com que eu nunca mais tivesse uma atitude dessas para com ele.
Ele alentava-me logo de seguida:
- não penses assim João...
...
e dava-me ideias e demonstrava que eu, tinha tudo identico aos outros e que só me estava a prejudicar ao dizer aquilo e tomar certas atitudes..
Por comparação e por conheçimento conclui que as pessoas sul-americanas tem uma atitude muito mais resistente ás adversidades e tem um animo maior em relação ás europeias.
A minha cultura não deixa de ser portuguesa, mas esta cultura é muito optmimista e menos preocupada com a critica e mais com a reabilitação!
Muito obrigado Castilho, por todo a força interior que me deste..
Yes, you can!
Tenho que me abrir e ver o horizonte de outra forma!
Não posso estar bloqueado e sofrer em relação ás coisas que perdi, mas sim, pensar nas grandes coisas que ainda posso vir a ter.
Continuarei a viver, porque sei que a vida é o meu campo de batalha e tenho que estar esperançado de que todo este mau momento, será ultrapassado...
E quanto mais eu viver, trabalhar, resolver problemas, escrever, ler, melhor será para mim.
Neste momento, quando faço algo, tenho uma relação totalmente diferente com as decisões tomadas, isto porque, já tive que lutar por coisas muito simples. Já sei perfeitamente aquilo que me pode vir a custar, por isso quase que nem arrisco em tomar determinadas atitudes.
Como dizem "águas passadas, não moem moinhos", por isso vou deixar de frases antigas e vou-me direcçionar apenas para as escolhas que tomei e a forma como estou a racioçinar para obter um resultado positivo!
Vamos lá!!!
Aos dias de semana, ando com uns habitos, há primeira vista, algo estranhos.
Mas quando vos explicar será diferente.
Levanto-me ás 5h da manha para escrever no blog, ler, reler, preparar certos documentos, trabalhos, fazer uma caminhada...
Pareçe uma grande maluqueira da minha parte, mas não é!
Meu trabalho é das 9h ás 19h, sempre sentado e á frente do computador.
No meu caso já é algo diferente, porque no final do dia já estou cansado, estou com o olho direito todo vermelho e as ideias, as respostas e os pensamentos já não me saem tão fluentemente...
Então, escolhi deitar-me ás 21h, 22h, porque só assim dormo as horas necessárias para um bom descanso...
Ás 5h da manha que é quando me levanto, estou fresquinho e assim já estou com uma maior capacidade de organizar e desenvolver meu pensamento-pessoal...
Mas isto torna-se muito importante, porque se começo o dia a escrever, ler e a reler mensagens positivas, optimistas, obviamente terei a mural em cima durante o dia!
E isso, eu já constatei! E ainda não mudei...
Mas isso é só até ás 6h.30, porque a essa hora, vou vestir uma roupa desportiva, fazer um aqueçimento e vou dar uma caminhada outdoor!!!
Depois de percorridos 2km, faço alongamentos e exercicios propostos pela fisioterapeuta, descançado vou tomar o meu banho e preparar-me para ir para o emprego...
Quando chego ao emprego, já estou completamente "acordado" e com uma atitude muito positiva.
Como se diz, “Quem corre por gosto, não cansa”...
Se já comprovei que tiro mais rendimento da vida, para quê mudar?
No outro dia, comprei uma carteira, com as especificações pretendidas por mim: pequena, discreta, feita de um bom material (como pele), leve, com tamanho reduzido (não muito superior ao tamanho do Cartão do Cidadão), que leve moedas, notas e que não ocupe o volume por inteiro do bolso de trás. Encontrei numa loja a dita carteira. Fiquei muito satisfeito com a compra.
Uns dias depois, quis comprar uma agenda para o ano de 2009, como a do ano anterior. Não é que, para meu espanto, consegui encontrar uma agenda com a semana organizada em 2 folhas, leve e com tamanho identico ao da carteira... Não exitei e comprei-a!!
Tive mais uma resposta de que sei comprar e fazer escolhas!!
Acho que vai dar para eu continuar a "viver" de uma forma mais ou menos certinha, com uma agenda toda "stylosa"!!
Aqui falarei em relação a uma compra, que com certeza, me vai fazer "subir", outro degrau da vida. Compra de um carro.
Tenho uma opiniao muito própria, considero que é das mais correctas na minha situação e já tenho falado a várias pessoas e todas concordam comigo.
Quero adquirir, um carro do tipo SMART, Toyota AYGO...
São carros que tem as restrições que a minha carta exige caixa automática, direcção assistida)e analisando noutra perspectiva, são carros pequenos, versateis, optimos para quem tem a carta pela primeira vez e dá os primeiros "passos" na estrada. Tambem posso dizer que são relativamente ágeis, isto é faceis de estacionar, arrumar em qualquer canto, etc...
Falando agora de um hobby, que espero que me vá mudar muito...
Estou metido com cavalos, HIPISMO... Adorei a primeira aula!! Senti-me numa outra atmosfera, melhor dizendo, tava a mais 1,5m... E logo numa actividade que me faz muito bem.
Primeiro andei a ter um contacto com o animal em que limpei-o e tratei de lhe por o equipamento para monta-lo e andar nele..
Tive alguma dificuldade a saltar e a monta-lo... Mas no fundo acho que é bom para mim, porque me obriga a desenvolver outros movimentos a que não estava habituado e a ter mais confiança em mim...
Deixando-me de lamurias e de frases, vou passar a apresentar provas visiveis...
temos de estar confiantes de que vamos conseguir.
Sim, sim, eu sei que há aquelas pessoas que já nascem num berço de ouro e já tem a papinha toda feita… Que mal nascem já tem quase o destino traçado, e cheio de “facilidades”.
Mas isso é com eles, e noutro tipo de situações, no nosso caso já é diferente. Nós, como aprendemos no RN, já temos que ter confiança e orgulho, de que somos capazes e temos que resistir, por vezes a pensamentos negativos que temos, em que somos considerados os piores.
Verdade?
2007, o ano da minha reavaliação!
Consequência...
Sociedade preconceituosa com a defeciencia...
Mas a verdade, é que me chamam…
E eu agora já, aceito isso com toda a naturalidade!
De maneira a explicar, o porquê desse nome para comigo, e o porquê de já o aceitar, vou passar a apresentar algumas das razoes:
- segundo o código da estrada sou visto, como um deficiente;
- já encontrei vários papéis, em que chamaram a pessoas com o meu tipo de problemas e a mim de deficientes;
- em certos momentos há pessoas na sociedade que me tratam por deficiente. Para perceberem mais facilmente vou passar a explicar uma ocasião de que estou muito bem recordado e que foi uma de entre muitas que me aconteceram:
Á uns meses atrás, ia eu de comboio, quando a meio do trajecto, liga-me um colega a dizer que tinha um problema e queria que o fosse ajudar. Com a finalidade de o ajudar, resolvi sair no próximo apeadeiro. Nesse apeadeiro, encontrei um senhor de meia-idade, e perguntei-lhe quando seria o próximo comboio.
Com a finalidade de ele me ajudar, contei-lhe o que se tinha passado com o meu colega e o porque de eu estar assim. Passado mais uns minutos, chegou o comboio, entrei com o senhor e fiquei sentado ao lado dele a conversar. Chegou o revisor, para picar os bilhetes e o senhor, no primeiro instante, calmamente disse-lhe que eu era deficiente, que tinha um problema e que tinha que voltar para trás. A sorte do homem foi que eu já estou consciencializado, há muito, de que na sociedade, me podem tratar por deficiente, senão podia haver graves "pancadas".
-Tenho amigos, familiares, que não aceitam o facto de eu ser chamado deficiente;
Tenho amigos que tiveram um problema semelhante ao meu, que não aceitam o facto de serem chamados por deficientes e outros que aceitam perfeitamente. Eu também nos primeiros anos deste problema, não me considerava deficiente e detestava que me chamassem esse nome ou que me associassem a esse grupo. Mas esse é um forte erro que tive e que muitas das pessoas têm e que tem uma simples resolução. O senso comum, associa a palavra deficiente a um indivíduo inútil com problemas graves tanto a nível físico, como psicológico.
Estou a dizer isto porque ao fim de umas dezenas de conversas todas as pessoas deram isso a transparecer.
Uma defciencia é uma anomalia,é uma falta de algo…
Só para terem uma noção, a média aponta, para uma pessoa em cada dez pessoas é deficiente.
Temos que nos naturalizar com o termo deficiente e também desmistificar a noção errada que temos. Falo em desmistificar e naturalizar porque houve temas e certas palavras que há umas dezenas de anos atrás eram quase proibidas e hoje em dia já não o são.
Ex: Sexo, homossexualidade, Corrupção, …
E isto tudo, para dizer que a palavra, deficiência tem que assumir um papel de idêntico caminho.
De modo a consolidar, mais esta ideia deixo aqui uma frase de Fernando Pessoa que remete a este tema:
“O perfeito é desumano porque o humano é imperfeito”
E eu não tou aqui a escrever isto, só por mera escrita, mas sim porque pessoas como eu ou como os meus colegas, gostaríamos que a sociedade agisse de uma forma mais correcta connosco.
Um dos problemas actuais que existe é a nível, da colocação de pessoas com este nome num posto de trabalho, como os meus colegas já demonstraram e eu já visualizei.Podem-me chamar deficiente, mas isso não me afecta rigorosamente nada.
E até fico com um sorriso nos lábios!Eu sei perfeitamente, daquilo que sou capaz...
E o porque desse nome para comigo. Se eu tenho coisas para isso...
E agora já concorda comigo?Proponho-vos:Antes de se deitarem, pensem nesta resposta e na mensagem que retiraram daqui...
"primeiro estranha-se, depois entranha-se"
Porquê, que escrevo assim?
Pode-vos parecer que não, mas a minha adolecencia e os anos em que eu andei na escola tiveram muitas "lacunas".
Tambem foi uma forma encontrada, para conseguir expor e organizar as minhas ideias, os meus pensamentos, o que me vai na cabeça e assim consigo transmitir aquilo que quero de uma forma mais rápida, e com uma mais fácil percepção para o ouvinte.
Sei tambem, que a escrita por abreviaturas e com a supressão de determinadas letras, em teclados QWERTY, como quando com "k", "x", "qd", tornasse viciante e muito complicado corrigir depois.
Se eu quero evoluir, acho esta uma das formas de corrigir o meu português...
"Pensamentos" aéreos
Considero este um dos tipos de comunicação que consigo melhor.
Sem querer, tornou-se a maneira em que consigo que saiam e entrem novas informações e assim evoluir e passar para o nível seguinte!
Quem me conhece bem, sabe ás horas a que me levanto. Já experimentei ficar na cama, meio acordado a relaxar, mas sem querer ponho-me a pensar em coisas que me deixam “off”.
E isso, comigo nunca!
Essa experiencia não é recente, porque quando andava no liceu, logo após o acidente, levantava-me ás 4h e 5h da manha para estudar, porque era quando os meus pensamentos andam mais á “superfície”.
Um outro aspecto que me influenciou muito a tomar esta atitude é devido a quando chego ás 21h, tenho fraca visão e meu raciocinio está desligado!
Neste momento, acho que até já consigo ter uma comunicação. Mas em 2002, 2003, 2004, 2005, (até hoje se passa, mas é com muito menos frequência), tinha inúmeros problemas que eram sobretudo criados por mim e não os conseguia expor a quase ninguem.
Para me ajudar, na falta de palavras certas para descrever o que quero transmitir, escrevo com o objectivo de trasnsmitir bem o que quero.
Lembro-me que na escola para eu responder e falar sobre determinados temas, tinha que escrever, ler sobre esse tema senão, falava pouquíssimo ou até ficava "mudo". Para resolver esse problema, por vezes, escrevia textos até muito longos para descrever pequenas coisas…
E hoje, até já escrevo mais ou menos. Se continuar com este ritmo, vou evoluir muito.
Considero este problema, como uma mega-injecção de hábitos novos e de capacidades retiradas.
Infelizmente a niveĺ comunicativo
Uma prova disso, foi o relatório que o meu formador me mostrou acerca do meu ultimo trabalho sobre o EXCEL. Escreveu que ainda sou muito lento a trabalhar e que ainda, não estou preparado para entrar no mercado de trabalho! Isso desanimou-me. Mas eu considero que se eu continuar com este ritmo e com esta vontade, que eu vou lá. Não vou desistir, porque como disse no Publico “quando se quer algo lutar, é meio caminho andado para se conseguir!”
Quando estava nas aulas, por vezes, estavam os professores a explicar e eu estava a pensar em coisas totalmente diferentes. Era uma coisa, que era totalmente desadequada, mas não expunha o meu problema a quase ninguem porque ainda não estava habituado a falar, de modo a tentar darem uma resposta aos meus problemas. Considerava, um estado em que, eu próprio, me desligava completamente do mundo terrestre e "voava". Punha-me a pensar em coisas que ao inicio tinham significado para mim, mas depois fugia e pensava em x coisas, tipo efeito dominó! Quando “caía” nesse estado era algo difícil eu sair sozinho, apenas quando alguém me dava aquele clique, é que eu “acordava”. O mais engraçado, era que estava a escrever sobre determinadas coisas que estava a pensar. “á priori” para tentar resolver este meu problema, tinha que ter assegurado determinadas condições. Ter um quarto de banho próximo, porque constantemente estou a ir lá, para molhar a cara, lavar as mãos, para sair do estado de monotonia provocado.
Gosto que me deixem comentários, criticas sobre aquilo que “penso”, porque assim fico a saber como os outros vêem o meu pensar, e os erros que cometo.
Pode ser que os erros se corrijam e veja outros pontos de vista!